segunda-feira, 19 de julho de 2010

Risos e Lágrimas

Uma lágrima sentida
Dos meus olhos corre agora.
Chora a alma dorida...
E feliz também se chora!

Triste - neste dia feliz,
Sorrindo minha alma chora,
Eu daria a vida inteira,
Para estar consigo agora.

Um misto de sentimentos,
Neste dia - e porquê?
É porque ausente choro,
A saudade de você!

Esse poema foi meu esposo que escreveu, no dia do meu aniversário
24/05/59.

Lamento

Quisera que a dor que vem da alma,
Me largasse,
Que a lágrima secasse,
Que a distância não existisse...
Que o amor me exaltasse,
Que eu não mais chorasse,
Depois que tu partisses.

Mas, em vão espero que um milagre,
Me arrebate ou me maltrate...
Que me açoite
Ou que me mate,
Fazendo de minha vida esse dilema,
Que me devassa a alma,
Sem que eu trema,
Que me tira a luz dos olhos,
Sem que eu gema.

Na supremacia dessa luta,
Que travo com o destino,
Eu quisera ter a alma de um menino,
Que nem chora, nem sofre e nem vacila,
Porque a dor maior não assimila
E faz da vida apenas diversão.
Porque em sua alma pequenina,
Só rege alegria, fantazia e emoção.


LYARA HAY

Essa poesia foi escrita em 15/07/96

O Dom

Na inocência dos teus olhos,
Eu vi o teu dom de escrever.
Mas no primeiro empecilho,
Tu já quiseste morrer.
Não soubeste competir,
Por que não sabes perder.

A luta pelo sucesso,
Tem que cedo começar.
Não é no primeiro fracasso,
Que a gente deve chorar.
Deite aqui no meu regaço,
Por hoje, eu vou te afagar.

Vou enxugar tuas lágrimas,
Pra ver-te de novo sorrir.
Quero ver a tua alma,
Pensando em um belo porvir,
Pra quando estiveres bem calma,
Novamente competir.


LYARA HAY

Fiz esse pequeno poema, em homenagem
à uma garota de quinze aninhos que chorou
por não ter ganho um prêmio por sua poesia.
Mas, na minha opinião ela já nasceu poetisa.

sábado, 17 de julho de 2010

Choro da Terra

Neste planeta imenso, cheio de florestas,
Em que a vida deveria ser eterna festa,
Minha alma consegue ainda ser criança.
Ter o conforto que trás uma esperança,
Sentir-se alegre como alguém cantando uma seresta.

Porém, eu sei que é tudo utopia,
Porque a Terra chora de tristeza,
Pedindo socorro à humanidade.
Pois ela espera a morte na verdade.

Ajoelhada, ela pede ao céu que a purifique...
Que a liberte dos grilhões da escravdão,
Que o homem impôs à ela sem limites
E que por mais que ela grite,
Não chega a nenhuma solução
E é tão fácil...
Basta a nossa determinação,
Em acabar com toda a violência...
Pois já se esgotou a nossa paciência.

Nosso planeta está sendo depredado.
Todos os direitos são violados.
Até a vida está ficando sem sentido...
De valores o mundo está despido.

Nosso destino está nas mãos da humanidade,
Que se não tomar consciência de verdade,
Do caos, para o qual estamos caminhando,
A passos largos a terra destroçando,
Pois, já não há o que possa ser mudado.

Se não agirmos com força e com destreza,
Acabaremos num mar de lágrimas com certeza.

E é dessa maneira,
Que tudo se encerra,
Misturando nossas lágrimas,
Com as lágrimas da Terra.


LYARA HAY

Fiz esse poema, pensando em tudo o que estamos
fazendo com nosso PLANETA.
Precisamos acordar enquanto há tempo...se não...

O Sonho

Na hora em que as cortinas se fecham lentamente,
a noite vai descendo silenciosamente.
Os olhos cerro e durmo em meu quentinho leito,
sonho por mil mundos, passeio satisfeita.
Ainda ontem, bem me lembro,
sonhei que entrei numa cidade e que cidade linda!
Pena é não ser verdade.
As ruas todas eram de pão-de-ló calçadas,
de rapadura as casas,
os muros de queijada.
A catedral enorme era de goiabada,
com um sino e duas torres,
todos de marmelada.
Na biblioteca tinha só livros de biju,
mesas de queijo suíço,
cadeiras de sagu.
Empadas descobertas serviam de canteiros,
por flores tinham dentro os camarões inteiros.
Chovia cajuada,
groselha e capilé,
em lamas de groselha eu escorregava o pé.
E eu comendo sempre,
comendo sem parar,
quando a mamãe me veio de súbito acordar.
Vocês façam idéia como fiquei zangada,
tinha um pudim de creme apenas principiado!


Poesia de Breno Vieira

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A FLOR

A semente germinada,
Desabrochou, virou flor.
Ficou linda e foi amada,
Mas, sonhou com seu amor.

Enquanto os anos passavam,
Seu carinho ela escondia.
Os seus beijinhos guardava,
Pra dar todos neste dia.

Hoje ela está nas nuvens,
Carregada de emoção.
Há muito ela tem você,
No fundo do coração.

Ah! Como estão brilhando,
Aqueles olhinhos azuis.
O coração palpitando,
Agradecendo JESUS.
Por ter agora encontrado,
O PAI, qu é seu raio de luz!


LYARA HAY

Dedicado à ARIANE, no dia em que se encontrou com o pai, pela
primeira vez. Tinha nove anos de idade.
05/05/1990

Primeiro filho

Você nasceu pequenina,
Fruto de um grande amor.
Esperei homem, nasceu menina,
Mas eu a amei com ardor.

Você cresceu tão bonita,
Cheia de encanto e sadia.
A sua vóz pititita,
Tinha som de malodia.

Nunca tive ricos presentes,
Pra poder lhe ofertar.
Os seus olhinhos contentes,
Só desejavam sonhar.

Você cresceu tão meiguinha,
Com um enorme coração.
Frágil como uma florzinha,
Valente como um leão.

Enfrentou as agruras da vida,
Tempestades e furacões.
A tudo venceu destemida,
Valorizou suas ações.
A amo tanto querida!
Adoro ser sua mãe!!!


LYARA HAY


Dedico esse poema à minha filha Denise.

sábado, 3 de julho de 2010

INFÂNCIA

No berço em que adormecido,
Repousa um recem nascido,
Sob a cortina e o véu.
Parece que representa,
Para a mamãe que o acalenta,
Um pedacinho do céu.

Que júbilo quando um dia,
A criança principia,
Aos tombos engatinhar.
Quando agarrada as cadeiras,
Agita-se horas inteiras,
Não sabendo caminhar..

Depois a andar já começa
E pelos móveis tropeça,
Quer correr...vacila e cai.
Depois a boca entreabrindo...
Vai pouco a pouco sorrindo,
Dizendo Mamãe , Papai.

Vai crescendo forte e bela.
Corre a casa a tagarela.
Tudo escuta, tudo vê.
Fica esperta e inteligente
E dão-lhe então de presente,
A cartilha do A B C.


Auto: OLAVO BILAC
Essa poesia foi declamada por minha irmã,
Teresinha Izabel Leal, em 1952, no Grupo Escolar Vieira Morais.

LYARA HAY

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Olhos azuis

Tem a cor dos oceanos,
O olhos do meu amor.
Passa o tempo...
Passam os anos...
De ti não sinto o calor.

Numa noite de poesia,
Cheia de encanto e amor,
Deste-me o que eu mais queria,
Uma vida, em forma de flor.

Cresce a flor que é criança,
Feliz, cheia de esperança,
De um dia encontrar,
Aquele que por descuido,
Ou por medo de amar,
Não a aceitou em seu mundo,
Não a viu desabrochar.

Mas, no mundo a crueldade.
É paga e não se faz tardar.
Pois o destino por vaidade,
Outro filho, não te quis dar.
E do amor que tens contigo,
Só te restará aguardar...
Pode ser este o castigo,
Que DEUS te quer reservar.


Colaboração de minha filha DENISE

domingo, 27 de junho de 2010

PASSADO

Ao som da música a qual escuto,
Do passado me faz lembrar.
Hoje é rio seco de luto,
Perdi a capacidade de amar.
Te vejo sem ansiedade,
Sem nada pra recordar.
Te sinto sem alma!... Só um vulto,
Não fala, não canta nem sorrí...
Não tem mais nada pra dar.

Porém, a vida foi caprichosa,
Sentindo o cheiro da rosa,
Que eu tinha nas mãos pra te dar,
Chegou bem devagarinho,
Encheu minhas mãos de espinhos.
Jogou a rosa no mar.

E então de mãos vazias,
Findou toda a fantazia,
Nossa alegria sem par...
Acabou o nosso carinho...
Chegamos ao fim do caminho,
Não pudemos mais trilhar.
E daquele amor se igual,
Restou no peito o punhal,
E a dor que nos fez calar.


LYARA HAY

JURA

Meus olhos andavam tristonhos,
A procura dos olhos teus.
Procurava até nos meus sonhos,
Pedia até pro meu DEUS.

Quando os meus olhos te viram,
Numa tarde num jardim,
Os teus nem me sentiram,
Nem olharam para mim.

Estavas embevecido,
Em outros olhos a olhar.
Porém, eu jurei querido,
Que iria te conquistar.
Porque, senti nesse dia,
O quanto iria te amar.


LYARA HAY

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Queria ser...

Queria ser um pássaro,
para com meu canto te despertar.
Ser uma gota dágua,
para ser a primeira a te molhar.
Queria ser o silêncio,
para te ouvir respirar.

Eu queria ser o vento,
para em teu ouvido suspirar.
Queria ser o entardecer,
para te ouvir murmurar.
Ser o céu,
para que teus olhos me admirassem

Queria ser o espaço
E percorrê-lo com tua alma.
Ser o sol
e te envolver com meu calor.


Queria ser um pensamento teu,
ser o próprio amor,
para me eternizar em teu coração.
Te amo!!!

Gotas que resultam temporais

Chove,
Chove mais uma noite.
Enquanto chove, suspiro o silêncio da sua ausência.
Espêlho-me em gotas dágua que caem sobre o chão.

A chuva cai por demais
E destrói os rastros que restaram da sua presença.
Separa dois coraões que se uniram de uma só consequência
que provoca distâcia,a sensação de abandono e por fim a decadência.

Chove!Caem pequenas gotas de um sentimento,
Formado por poças de lágrimas
cusadas por consequência de um veneno.

Poças de saudade que se transformam
em córregos de ressentimento,
tornando riachos de tristeza que,
por fim acabam virando mares de sofrimento.

Mas esta gota só caiu quando,
você brotou em meu pensamento.
E veja você, esta gota virou arte,
aos olhos da poetisa,
que ama em seus aposentos.


NANI DE PRINCIA- colaboração

sábado, 19 de junho de 2010

A Rosa

Plantada com tanto carinho,
Parece que vai morrer.
Caem as folhas,
Ficam os espinhos,
Mas ela brota verdinha,
Começa logo a crescer.

Solta os primeiros brotinhos,
Devagarinho ela cresce.
Se o clima não for condizente,
Ela morre e desaparece.

Se receber sol e água.
Também se a terra for boa,
Ela vai te recompensar,
Não a plantaste atoa.

Quando vem a tempestade,
A vergasta e balanceia.
Ela treme a sua haste,
Mas finca as raízes na areia.

E quando nem se espera,
Começam a surgir botões.
É a entrada da Primavera,
Acabaram-se os trovões.

Parece mentira afirmar,
Que a rosa veio da terra,
Com sua beleza enfeitar,
Até as quebradas da serra.


Uma rosa perfumosa,
É sempre um presente de DEUS...
Tão macia, tão formosa...
Encanta até os ateus.


LYARA HAY

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Luta

Por tudo o que já lutei
E na vida não consegui,
Aprendi que a bondade,
É algo que não cabe aqui.

Tentei ser boa, perdi.
Tentei amar, desisti.
Aqueles que amo, não me entendem.
O que estou fazendo aqui?

Estou vivendo num mundo
A que nunca pertenci.
Sou diferente percebo,
De todos que vivem aqui.
Vivendo num mundo distante,
Guardado dentro de mim.

Quero paz e alegria
Quero amor, quero poesia,
Só não quero perder a glória,
Quero sabor da vitória,
E saber que a tudo venci.

Colaboração de Denise.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Vidas de Minha Existência

Vivi vidas quase insípidas.
Umas sem cor ou sabor.
E nessas vidas esquisitas
Quase nada aprendi.
Mas vivi lindos romances
E grandes batalhas venci.
Tive vidas mui calientes
E vidas tristes vivi.

Quando a aprendizagem era lenta,
Me adaptando ao perfil!
Era mais ou menos assim:
Como faz um grande rio,
Vivi vidas a margem.
Não encarei desafios,
Sempre usando um desvio,
Fiz dessa vida, um leito de rio.

Já tive uma vida lago.
Sempre sereno e calado,
Calmo...equilibrado...
Conheci muito bem,
Meu interior mais profundo,
Algumas coisas de cima,
Algumas coisas ao lado.
Então o que eu mais gostava,
Era de virar orvalho.

Fui vivendo...
Fui crescendo...
Quando outra vida ganhei.
Vivi... chorei... E amei...
Ah! Como expandi!
Não temia mais desafios.
Encarava tudo de frente.
Foi quando aprendi a me amar.
E ficou tudo diferente...

Amei essa minha vida,
Que foi um braço de mar.
Me encantei com as possibilidades,
Me encantei com o dom de amar.
Muito tranquila me encontrava.
O movimento das ondas
Como braços me embalava;
Cheguei a me acomodar.
Mas veio uma forte tormenta
Me dizendo: Movimenta!!!
Então me voltei para o horizonte
E comecei a nadar.

Na frente, bem lá na frente,
Era onde eu queria chegar,
No final do horizonte,
Onde o céu tocava o mar.
Quando estava bem pertinho,
Prestes a alcançar,
Vi todas as minhas vidas passarem
E junto comigo chegarem.
Vi todas as experiências
E vivências se juntando
E formando um único "Sêr"
Bem maior que o oceano.
"EU"

LETICIA LYZTI

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Amor

O amor é feito o fogo,
Ninguém controla.
È feito o rio,
Rompe barreiras.
É feito o sol,
Aquece qualquer coração.
É feito a terra,
Quando duas pessoas o cultivam,
Brota uma vida de alma eterna.
Que se temer o fogo,
Não desafiar o rio,
Não vislumbrar o sol
E não tocar a terra,
Jamais aprenderá a amar.
Jamais deixará a semente
Ou esta não germinará.
Assim... no esquecimento,
O amor vai morrendo
E a humanidade chegara´ao fim,
Porque tudo o que não é completo,
Jamais se tornará eterno.


Leticia Lyzti

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Carta - 02-12-1997 MINEÁPOLIS - usa

A neve cai. Estou quase só.
O silêncio só é interrompido, pelos sonhos da Gabrielle , que dorme como um anjinho.
E suspira, geme,espreme e chora baixinho no carrinho.
Olho lá fora e sinto como é desolado quando faz muito frio.
A neve caindo, parece pequenos insetos brancos esvoaçando. Aos poucos, vai cobrindo todo o verde da praça.
As únicas coisas que se movem, são as bandeirolas, as quais, eu acho que foram colocadas lá, para acusar que está ventando, pois as árvores estão totalmente sem folhas.
As pessoas, acho que estão dormindo. Só de vez enquando surge um carro e desce alguém todo encapotado. Nem olha para os lados. Não vê que estou na janela a observar; quer mais, é se esconder do frio.
Chego mais perto da janela. O gramado já está todo branco. Nesse momento ouço um gemidinho da minha neta, que continua a dormir como um anjinho, toda agasalhadinha.
Agora são quinze horas aquí. Penso em você. Aí são dezenove haras. Sinto um gelo percorrer meu corpo... um desejo louco de abraçá-lo, uma vontade imensa de unir meu corpo ao seu...e... ... ...
Mas você está tão distante... Só uma viagem astral resolveria o meu caso.
Continuo vendo a neve cair. É tão bonito! Mas dá uma impressão de solidão, de falta
de vida...
Nem um pássaro, nem uma borboleta para alegrar minha visão...
E o branco aumenta conforme o tempo passa. O silêncio é tão grande, que seria possível, ouvir o som de uma lágrima caindo.
Mas eu não choro, porque sei que você se sente tão só quanto eu. Sinto que nosso amor não é gelado como a neve.
Embora seja imensa a distância que nos separa, o frio que faz aquí e o calor que faz aí, contrabalanceiam o amor que sentimos um pelo outro.
E nada se perde no tempo nem no espaço. Somos duas almas que DEUS uniu e nada nem ninguém nos separa.
É incrível... a neve virou chuva!O verde voltou a aparecer. E, nessa tarde sombria em que resolví lhe escrever...podemos contar menos um dia que falta para a gente se ver...


Maria José L. Druziani

Nota:- Não enviei essa carta. Resolvi´publicá-la, por que ela é muito real. Cada vez que a releio, revejo a paisagem, como ela estava naquele dia... É muito linda !!!

A mulher que não ilude

Amemos a mulher que não ilude
E que ao saber que a temos enganado,
Perdoa por amor e por virtude,
Por respeito, ao menos do passado.

Quantas vezes, na minha juventude,
Evocando o romance de um noivado,
Sinto que amei, outrora, o quanto pude,
Porém... devia ter amado.

Hoje, o remorso o peito me sacode,
E ao lembrar o mau que então fazia,
Meu desespero inconsolado explode.

A causa desta terrível angústia,
É ter amado o quanto amar se pode,
Sem ter amado o quanto amar devia.

Acácio Druziani

Esse poema foi escrito há mais de cinqueta anos.
-por meu cunhado Acácio. Achei-o em meio as cartas
que eu e meu esposo escrevíamos antes de nos casarmos

LYARAHAY

segunda-feira, 31 de maio de 2010

OUVIR ESTRELAS

Ora! (Direis ouvir estrelas)!
Certo perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto, que ,
para ouví-las,
Muita vez desperto e abro as janelas,
pálido de espanto...
E conversamos toda noite, enquanto
a Via Látea,
como um pálio aberto, cintila.
E ao vir o sol, saudoso e em pranto,
inda as procuro pelo céu, deserto.

Direis agora:
-
Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem quando
estão contigo?

E eu vos direi:
- Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
capaz de ouvir e entender estrelas!

Olavo Bilac

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sonho

Sonhei que
do velho oceano,
soprava uma brisa,
com jeito de sonho
e gosto de sal.
No meio da brisa
voavam gaivotas.
Seus ágeis volteios
faziam no azul,
do céu quase puro
uns traços de giz.
Uns traços em curvas
tão belos à vista,
de quem lá da praia,
olhasse a paisagem,
que mais pareciam
de telas cubistas
os alvos retoques,
que um vago PICASSO,
acaso pintasse.
Foi nesse momento
de intensa poesia,
que ví teu cabelo
desfeito voar,
Em bela desordem,
em doido atropelo
atrás dessa brisa,
que veio do mar.
Olhei-te...eras linda!
Teus olhos diziam,
Não queres um beijo?
Não queres amar?
A areia da praia
(Malvada, pesada!)
Tolhia-me os passos
que a ti levariam,
meu corpo,
meus lábios,
meu beijo,
meus sonhos,
meu pobre desejo
de apenas te amar.
Passaste e fiquei
perdido na tarde.
A brisa ainda trouxe
uns retos de tí.
O vago perfume,
a simples ternura,
a sombra do dia,
o raro minuto,
de intensa poesia.
O céu já perdera
um pouco do azul
e as lindas gaivotas,
não mais se avistavam
aladas estrelas
sequiosas de espaço,
buscavam distâncias
em novos azuis.
Seguiam a brisa,
deixando para trás
a tarde pintada
com traços de giz.
A tarde mais terna
de todas as tardes,
efêmera e eterna
tão triste e feliz.

sábado, 22 de maio de 2010

Minha Alma

Minha calma vem da alma.
Meu sorriso do meu sêr.
Gravadas em minha palma,
Tenho as linhas do saber.

Querer com toda minha força,
Amar com intenso prazer.
Sendo velha, ser a moça,
Que só por ti quer viver.

Viver tão intensamente,
Do passado me esquecer.
Pensando só no presente
Para nunca fenecer.
Voltar a ser a semente,
Que se esqueceu de nascer.


LYARA HAY


Dedico esse poema para o meu esposo FABIO.
Gostaria de ser a eterna mocinha que ele conheceu
há cincoenta e oito anos atrás. Mas... o tempo...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

À minha Mãe

Passei tanto tempo a pensar em tí
Não sei porque te olhava e não te via.
Sempre te amei, mas não percebia.
Sentia-me só, vazia, mas descria.

Algumas vezes eu te ofendí.
Te fiz chorar, mas me arrependí.
Só ao ter meus filhos, te reconhecí.

Será que um dia irás me perdoar?
Aquelas vezes que te fiz chorar?

Hoje reconheço Mãe,
que sendo tu tão frágil,
foste muito forte.
Pois muitas vezes tu venceste a morte,
só com o intúito de me ver crescer

Mãe, é nesses versos pobres,
que resolví pedir o teu perdão.
Quero pelo menos uma vez ser nobre,
enxugando as lágrimas do teu coração,

Quero chorar agora Mãe, todas minhas lágrimas.
Me despir do orgulho e te recompensar.
Perdoa Mãe, todas as falhas,
dessa filha ingrata, rude e incensata,
que num passado triste ,tentou te machucar.

Quero abraçar-te Mãe,
beijar a tua fronte.
Em um altar , eu vou te colocar.

Sou tão feliz Mãe,
porque te tenho ainda.
Me considero uma pessoa de sorte.
Apesar das tuas rugas, eu te acho linda.
Amar-te hei até depois da morte.

Mãe, coloca a tua mão sobre minha cabeça,
Dê-me o teu perdão:
Mesmo que aches que eu não mereça.
Dê-me a honra desse galardão!


LYARA HAY


Comentário;

Esse poema saiu do fundo do meu coração. Fí-lo quando ela
ainda era viva. Lí pra ela. Ela adorou, me abraçou e me beijou
pela primeira vez.

terça-feira, 20 de abril de 2010

FLORES E ESPINHOS

Entre flores e espinhos,
fizemos o nosso ninho,
enfrentamos a nossa sorte.
Traçamos nosso caminho,
no olho de um tufão.
Com a alma de passarinhos,
escritos em pergaminhos,
trocamos o beijo da morte.
Com os ventos do sul e do norte,
Criamos um furacão.

Com vendavais e trovões,
vieram as tempestades
que com a força dos tornados,
dominaram nossas vontades.
Tivemos que dizer "não".
Faltou-nos realidade,
o amor perdeu seu lugar.
Porque o que mais queríamos,
era o sim aos pés do altar.
Nossas almas cantariam,
dando forma aos nossos sonhos.
Seríamos o par perfeito
e uma vez em nosso leito,
viveríamos risonhos...,...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amanhecer

Depois de uma noite tranquila,
acordo de madrugada.
Ainda ouço o canto do grilo
e o gorjear da passarada;.
Ouço os sons da natureza,
da corruira e do pardal,
que saúdam toda a beleza,
dessa manhã sem igual.

Tico-ticos cantam felizes,
nos galhos da laranjeira,
querendo saudar o sol,
querendo ter a certeza,
de que nasce um novo dia,
Muito lindo
e sem tristeza.

Não chove,
também não venta.
Tudo está calmo,
Nenhuma tormenta.

Tudo é bonito!
Clareia o dia.
Já ouço o grito
e a melodia
que vem do ar,
saudar a terra
e também o mar.

Eu observo
sentindo a brisa.
Então escrevo
e respiro fundo.
A noite agoniza.

No meu verso,
eu eternizo
o amanhecer
e o paraíso...


LYARA HAY

domingo, 11 de abril de 2010

ESPERANÇA

Esperança!!!
Como descrevê-la?
É virtude de suspense,
Há quem jure nunca tê-la.

Esperança...
É frasco de perfume,
Que aberto se evola,
Perdendo-se no ar.
É remédio que consola,
É prece muda no olhar.

Esperança...
É ter certeza,
É pensar com o coração.
É conseguir ver a beleza,
E em tudo de Deus, ver as mãos.

Esperança...
É semear alegria,
Munida de fé e sucesso.
É deixar que a simpatia,
Ao coração tenha acesso.


LYARA HAY


Ter esperança, é muito mais que tudo isso.
Acho que é o ideal supremo da existência humana.

MADRUGADA

Na calada da noite, o sono perdí.
Levanto-me e escrevo o verso esquecido,
Que havia sumido,
O qual fala de ti.

Te amo,bem sei,
Não vivo sem ti.
Em meus sonhos te chamo,
Em soluços reclamo,
O amor que perdi.

Te vejo no escuro,
Então subo no muro,
Pra te alcançar.
Mas é só miragem,
Não tenho coragem,
Pra te procurar.

Aí, choro perdida,
Com a alma sofrida,
Buscando em vão...
Teu beijo esquecido,
Teu amor vencido,
Tua alma escondida,
Em meu coração.


LYARA HAY

DESILUSÃO

Manhãs sem sol, noites sem lua,
Contrastes tristes
Fazem lembrar de uma paixão.

Vagando vou...
Sigo o caminho,
Que o destino
Traçou pra mim.

Sigo tateando na escuridão.
Não sinto nada.
A minha vida está parada.
Não tenho mais alma,nada me acalma.

Só o vento sopra de norte a sul.
O céu está negro, nem o mar é azul,
Nem as estrelas cintilam mais...

As flores murcharam...
Eu agonizo.
Ouço seu riso.
Me satisfaz vê-lo passar.

Não quero tê-lo
Só quero amar.


Lyara Hay

Escrevi esse poema em ILHA BELA.
Perdi o sono de madrugada, levantei-me
e escrevi.
Ele retrata quase com detalhes, a
vida de alguém muito querido pra mim...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

VELHINHOS

Quando nós formos trêmulos velhinhos,
Evocaremos cheios de saudades,
Os abraços, os beijos e os carinhos,
Da primavera azul da mocidade.

Quando bando de noivos sorridentes,
Passarem sob a tarde azul cantando,
As nossas almas chorarão frementes,
Os idílios de outrora suspirando.

No dolente crepúsculo da vida,
De lábios frios e olhar tristonho,
Eu chorarei... tu chorarás querida,
O dourado crepúsculo dos sonhos.

Entre amarguras e entre desenganos,
Carpiremos de joelhos bem juntinhos,
O funeral tristíssimo dos sonhos,
Quando nós formos trêmulos velhinhos.


Tirei essa poesia da Revista Grande Hotel,
em 1952 mais ou menos.Não sei quem é o autor.
Guardei por que achei muito bonita.

LYARA HAY

A SEMENTE

Papaizinho eu sou a semente.
que um dia você plantou.
Por prazer ou por descuido,
você nunca a cultivou.

Germinou a sementinha,
a mamãe dela cuidou.
Você não quis nem saber,
nem mesmo porque a plantou.

Desabrochei para a vida,
sem você, sem seu amor.
Sou por todos mui querida,
mas me falta o seu calor.

Tenho muito de você,
olhos, cabelo e cor.
Sou de você a semente.
Mas da mamãe, sou a flor.

LYARA HAY

Dediquei esse poema à minha neta,Ariane, quando ela nasceu.

MÁGOA

Na solidão do meu quarto, eu sinto a mágoa.
Ouço mensagens que tocam o coração.
De vez enquando sinto o olhos rasos dágua,
Sinto na alma, a dor de uma paixão.

Se eu partir amanhã, não vais chorar.
Nem lamentar, o amoe que se perdeu,
Porque há muito já deixaste de amar,
Essa alma triste que por ti a vida ofereceu.

Foi só uma flor que murchou, perdeu a cor.
Despetalou, sentindo-se sozinha.
Quando não mais sentiu o teu calor,
Preferiu morrer, a virar erva daninha.
Hoje ela sabe que tem o seu valor
E que mil flores brotam,
Nos lugares por onde ela caminha.

Lyara Hay

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AS ROSAS FALAM

Quem disse que as rosas não falam ?
Que simplesmente exalam,
o perfume da flor?
Elas inspiram poesias
e nos falam de amor,

A rosa vermelha
ou a rosa amarela,
divina centelha,
da flor mais singela.
E rosa branca,
que fala da paz?
Que é bela e encanta
porém tão fugáz

A rosa champanhe
de beleza tão rara,
que no meio das outras,
chega a ser a mais cara.

A linguagem das rosas,
está na forma e na cor
ou na macies de suas pétalas
falando de amor,
exalando o perfume
e silencioso calor.


LYARA HAY

sábado, 27 de março de 2010

A Distância

Não quero pensar na distância,
Nem em nossa separação,
Que separa nossos corpos,
Mas as nossas almas não.


Nossas almas são unidas,
Por um amor infinito.
A distância em nossas vidas,
Nos unem em um só Grito..

Eu te amo!
Tu me amas!
Eu reclamo!
Tu reclamas!
Desta ausência necessária.
Nós somos como dois ímans,
Numa atração voluntária.

Somos dois seres completos,
Temos um só coração.
Temos as almas repletas,
Por uma só emoção.

O nosso amor é profundo,
É o maior desse mundo
E nunca irá se acabar,
Porque enquanto eu viver,
Não cansarei de dizer,
Que nascí para te amar.

LYARA HAY

Fiz essa poesia nos Estados Unidos, em Mineápolis.
Acho que foi a saudade que me inspirou.


Dediquei-a para o meu esposo, que ficou aqui no Brasil.

O Primeiro Atalho

Eu sou aquela menina,
Que nasceu aos pés da colina
E desceu montaha abaixo.
De uma fonte cristalina,
Me transfomei num riacho.

Fui descendo, fui crescendo,
Fui seguindo aquele risco ,
Que meu Deus traçou pra mim.
A cada passo que eu dava,
Mais e mais eu aumentava,
Parecia não ter fim.

Pelos caminhos que andei,
Muitas vezes encontrei,
Empecilhos ou muralhas.
A todos eles vencia
Preenchendo minhas falhas.

Muitas vidas criei,
Porém algumas ceifei,
Como a vida daquela flor,
Que um dia em meu leito caiu.
Ainda ouço sentido,
Os gritos em meus ouvidos,
Da coitadinha a implorar.
Suplicava que não a levasse,
Que a deixasse ficar.
Mas, firme em meu trabalho,
Peguei o primeiro atalho,
Joguei-a dentro do mar.

Por caminhos tortuosos,
Muitas vezes mal cheirosos,
Eu fui vencendo a corrida.
Mas, é no fim dessa vida,
Que se vence ou não a partida.

E daquela linda menina,
A fonte tão cristalina,
Só restou rio lamacento
Poluído por fora e por dentro.

É o risco que o homem corre,
Destruindo o nosso Planeta.
Morreremos de sede e fome,
Se não aprendermos bem cedo,
A amar a MÃE NATUREZA,


LYARA HAy

sexta-feira, 19 de março de 2010

Em memória de meu pai.

Tu foste em minha vida,
o sêr que mais amei,
mas não pude ter.
Não te abracei,não te beijei como devia.
Não te chamei (querido)
Nunca fiz nada pra te merecer.

Quisera hoje que aqui estivesses,
Eu te daria todo o meu amor.
Mas,é tão tarde (Pai)
Partiste,me deixaste só.
Sem teu carinho,sem o teu calor

Foste embora,não me deste tempo´,
de te abraçar,de te beijar a fronte
Hoje,o meu grito... ...
Quem escuta é o vento.

Ah! Meu "Pai"
Como seria bonito,
Se a dor que sinto
pudesse devolver-te a vida.
Juro que não diria um ai
So´pra ter tua a compania bendita.

De vez enquando eu rezo
na tua tumba fria.
Minha luta cessa,sinto a harmonia.
Obrigada Pai,por ter me escolhido,
Pra nessa vida,eu ser a tua filha.

Escrevi´esse poema, em homenagem ao meu pai.
Deixo aqui um conselho:
_Abrace,beije,acaricie o seu pai enquanto pode,enquanto o tem vivo ao seu lado...


Maria José Leal Druziani Pseudo:Lyara Hay

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pétala Caída

Pétala de rosa caída
Sob a luz azul da madrugada,
Sob o frio intenso que castiga
E atrapalha o sono da criança,
Que dorme e sonha na calçada.
Que sem saber se é mesmo sonho ou realidade,
Sacode o véu da noite
E treme de verdade.

O vento sopra
E sopra forte.
Vento da morte.
Balança o galho
E some no atalho.

As pétalas caem e se misturam
Com a areia molhada ,pelas lágrimas da criança,
Que acorda congelada e assustada
Tentando agarrar-se à esperança,
De um dia não dormir mais ao relento.
De juntar as pétalas caídas
E nunca mais sentir esse tormento.

E da minha janela,eu continuo a cismar...
Pedindo a DEUS, em forma de lamento.
Pra humanidade toda se irmanar
E acabar com todo sofrimento.

LYARA HAY 200l

sábado, 27 de fevereiro de 2010

ANOITECER

Aquí da minha janela,
Vislumbro o anoitecer.
Vejo a primeira estrela,
Que no céu vem aparecer.
Vem iluminar a terra;
Vem de novo me dizer,
Que já se vai mais um dia,
mas outro está po nascer.

È noite!
Tudo no mundo adormece.
Os pássaros já não cantam,
Quando o véu da noite desce.

Os vagalumes em bandos,
Piscam,piscam animados.
È que eles estão namorando,
Sem saber que são observados.

São pequenas criaturas,
Com alma e com coração.
Com alegria enfrentam as alturas
E mexem com a minha emoção.

Meus olhos já estão se fechando,
È o sono que vai chegar,
Vou já para minha cama,
Por um novo dia esperar!

LYARA HAY

Esse poema foi minha neta Samara que me inspirou me perguntando:
_Vo você escreve poesia do nada? Eu disse: Não;Vem aquí na janela .Não está anoitecendo?Vamos escrever alguma coisa...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

NEVA

A Neve

A neve cai sem cessar.
Tudo vai ficando tão branco,
Como a espuma do mar.
Quem dera que o meu coração quente,
Parasse um pouco de amar.

Continua a nevar.
Nos pequeninos flocos de neve,
Eu vislubro o teu olhar...
Espelho-me no brilho intenso,
Que reflete a luz do luar.

Olho no céu,tem estrelas
Vejo uma nuvem passar...
Mas cá embaixo na terra,
Vai continuar a nevar.

Lyara Hay

(Comentário : Fiz essa poesia em Minneápolis no inverno de 1997, eu obvservava a neve caindo e me inspirei nisso.)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Esse poema A PAZ, fiz para participar de um concurso, porém não gostei
e não participei.
Hoje até que gosto dele...,...,... pois, PAZ, é o que está faltando para a humanidade.


LYARA HAY.

A PAZ

È lindo!
È muito lindo, ver a paz
que existe nos olhos da criança.
Enche o coração e a alma
de esperança,
Faz-nos esquecer
a maudade e a decadência,
Deste mundo insano,
tão cheio de violência.
Quizera que o homem
tivesse a inteligência,
Para ver como é lindo;
sentir a Paz e a harmonia,
Que existe nos olhos
da imagem de MARIA.
È muito triste sentir
que a PAZ é utopia.
Que está em nossas mãos
e a despresamos.
Que por dinheiro e por poder,
nós a trocamos.
E deixamos de sentir essa magia,
que a gente tanto busca
E nunca alcança.
E é tão vizível
Basta olhar o céu, uma flor
Ou um sorriso de criança.

LYARA HAY

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Escrevi esse poema ,quando visitei alguém muito especial no hospital do câncer.
Fiquei tão emocionada com a força que essa pessoa me passou, que resolvi escrever esse:

GARRA

Depois de tanto tempo,
Volto a escrever.
Foi a tua força
A tua presença,
Que me fez estremecer... E ver;
Que a nossa inspiração,
Está em nós e não em seres
Que nos fazem esquecer o dom que temos.
Pensamentos e frases, se perderam nesse tempo.
Dissiparam-se.
Sumiram.
Deixaram apenas a tênue lembrança,
do que passou e repassou.
Tantos momentos vividos e sofridos.
Tudo em vão.
Quantos risos soltos pela ar.
Pensamentos trites esquecidos.
Sonhos dourados,
Basta a gente relembrar.
Somos o que somos
Porque somos?
Ou porque fomos?

LYARA HAY

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

DEUS
Eu vejo Deus no brilho das estrelas.
Também o vejo na semente que germina.
No solque aquece a terra, eu vejo Deus.
Vejo sua benção nos olhos da menina.
Eu velo Deus, no canto da ave que gorjeia.
Vejo Deus, no mar e na areia.
No sorriso da criança, eu vejo Deus.
Eu ouço Deus, no canto da sereia.
Eu vejo Deus na beleza de cada flor.
Eu o vejo em todos os espaços.
Vejo Deus em todo o universo.
Eu sinto Deus em todos os abraços,
Também o sinto na força dos meus versos.
Eu vejo Deus em ... ... ...

Lyara Hay - 04/07/2016
A todos que vizitarem meu blogger, muita luz, muita paz e muito amor
LYARA HAY