domingo, 27 de junho de 2010

PASSADO

Ao som da música a qual escuto,
Do passado me faz lembrar.
Hoje é rio seco de luto,
Perdi a capacidade de amar.
Te vejo sem ansiedade,
Sem nada pra recordar.
Te sinto sem alma!... Só um vulto,
Não fala, não canta nem sorrí...
Não tem mais nada pra dar.

Porém, a vida foi caprichosa,
Sentindo o cheiro da rosa,
Que eu tinha nas mãos pra te dar,
Chegou bem devagarinho,
Encheu minhas mãos de espinhos.
Jogou a rosa no mar.

E então de mãos vazias,
Findou toda a fantazia,
Nossa alegria sem par...
Acabou o nosso carinho...
Chegamos ao fim do caminho,
Não pudemos mais trilhar.
E daquele amor se igual,
Restou no peito o punhal,
E a dor que nos fez calar.


LYARA HAY

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