quarta-feira, 2 de junho de 2010

A mulher que não ilude

Amemos a mulher que não ilude
E que ao saber que a temos enganado,
Perdoa por amor e por virtude,
Por respeito, ao menos do passado.

Quantas vezes, na minha juventude,
Evocando o romance de um noivado,
Sinto que amei, outrora, o quanto pude,
Porém... devia ter amado.

Hoje, o remorso o peito me sacode,
E ao lembrar o mau que então fazia,
Meu desespero inconsolado explode.

A causa desta terrível angústia,
É ter amado o quanto amar se pode,
Sem ter amado o quanto amar devia.

Acácio Druziani

Esse poema foi escrito há mais de cinqueta anos.
-por meu cunhado Acácio. Achei-o em meio as cartas
que eu e meu esposo escrevíamos antes de nos casarmos

LYARAHAY

Um comentário:

  1. Que poesia linda!!! Parabéns pro meu Tio Acácio, que sua jornada no além seja ajudada pela sabedoria que levou daqui.

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