Vivi vidas quase insípidas.
Umas sem cor ou sabor.
E nessas vidas esquisitas
Quase nada aprendi.
Mas vivi lindos romances
E grandes batalhas venci.
Tive vidas mui calientes
E vidas tristes vivi.
Quando a aprendizagem era lenta,
Me adaptando ao perfil!
Era mais ou menos assim:
Como faz um grande rio,
Vivi vidas a margem.
Não encarei desafios,
Sempre usando um desvio,
Fiz dessa vida, um leito de rio.
Já tive uma vida lago.
Sempre sereno e calado,
Calmo...equilibrado...
Conheci muito bem,
Meu interior mais profundo,
Algumas coisas de cima,
Algumas coisas ao lado.
Então o que eu mais gostava,
Era de virar orvalho.
Fui vivendo...
Fui crescendo...
Quando outra vida ganhei.
Vivi... chorei... E amei...
Ah! Como expandi!
Não temia mais desafios.
Encarava tudo de frente.
Foi quando aprendi a me amar.
E ficou tudo diferente...
Amei essa minha vida,
Que foi um braço de mar.
Me encantei com as possibilidades,
Me encantei com o dom de amar.
Muito tranquila me encontrava.
O movimento das ondas
Como braços me embalava;
Cheguei a me acomodar.
Mas veio uma forte tormenta
Me dizendo: Movimenta!!!
Então me voltei para o horizonte
E comecei a nadar.
Na frente, bem lá na frente,
Era onde eu queria chegar,
No final do horizonte,
Onde o céu tocava o mar.
Quando estava bem pertinho,
Prestes a alcançar,
Vi todas as minhas vidas passarem
E junto comigo chegarem.
Vi todas as experiências
E vivências se juntando
E formando um único "Sêr"
Bem maior que o oceano.
"EU"
LETICIA LYZTI
Esse poema foi escrito por minha filha Nilze
ResponderExcluirPseud. (LETICIA LYZTI)
Obrigada pela colaboração.
Maria José