segunda-feira, 19 de julho de 2010

Lamento

Quisera que a dor que vem da alma,
Me largasse,
Que a lágrima secasse,
Que a distância não existisse...
Que o amor me exaltasse,
Que eu não mais chorasse,
Depois que tu partisses.

Mas, em vão espero que um milagre,
Me arrebate ou me maltrate...
Que me açoite
Ou que me mate,
Fazendo de minha vida esse dilema,
Que me devassa a alma,
Sem que eu trema,
Que me tira a luz dos olhos,
Sem que eu gema.

Na supremacia dessa luta,
Que travo com o destino,
Eu quisera ter a alma de um menino,
Que nem chora, nem sofre e nem vacila,
Porque a dor maior não assimila
E faz da vida apenas diversão.
Porque em sua alma pequenina,
Só rege alegria, fantazia e emoção.


LYARA HAY

Essa poesia foi escrita em 15/07/96

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