sábado, 17 de julho de 2010

O Sonho

Na hora em que as cortinas se fecham lentamente,
a noite vai descendo silenciosamente.
Os olhos cerro e durmo em meu quentinho leito,
sonho por mil mundos, passeio satisfeita.
Ainda ontem, bem me lembro,
sonhei que entrei numa cidade e que cidade linda!
Pena é não ser verdade.
As ruas todas eram de pão-de-ló calçadas,
de rapadura as casas,
os muros de queijada.
A catedral enorme era de goiabada,
com um sino e duas torres,
todos de marmelada.
Na biblioteca tinha só livros de biju,
mesas de queijo suíço,
cadeiras de sagu.
Empadas descobertas serviam de canteiros,
por flores tinham dentro os camarões inteiros.
Chovia cajuada,
groselha e capilé,
em lamas de groselha eu escorregava o pé.
E eu comendo sempre,
comendo sem parar,
quando a mamãe me veio de súbito acordar.
Vocês façam idéia como fiquei zangada,
tinha um pudim de creme apenas principiado!


Poesia de Breno Vieira

2 comentários:

  1. eu amo essa poesia minha saudosa mae sempre recitava para nos e dizia que qndo criança na escola ela participava dos teatrinho da escola onde estudava eu procueri varias vezes por esse poema e estou muito feliz de ter encontrado eu queria encontrar tambem a do nambu é muito linda agradeço se voces enviarem p/ mim meu email zanolu_bena@hotmail.com

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  2. Amo essa poesia, minha irmã sempre lia para mim, eu devia ter uns 04 05 anos e nunca me esqueci, Lembranças boas de infancia.

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