quinta-feira, 8 de abril de 2010

VELHINHOS

Quando nós formos trêmulos velhinhos,
Evocaremos cheios de saudades,
Os abraços, os beijos e os carinhos,
Da primavera azul da mocidade.

Quando bando de noivos sorridentes,
Passarem sob a tarde azul cantando,
As nossas almas chorarão frementes,
Os idílios de outrora suspirando.

No dolente crepúsculo da vida,
De lábios frios e olhar tristonho,
Eu chorarei... tu chorarás querida,
O dourado crepúsculo dos sonhos.

Entre amarguras e entre desenganos,
Carpiremos de joelhos bem juntinhos,
O funeral tristíssimo dos sonhos,
Quando nós formos trêmulos velhinhos.


Tirei essa poesia da Revista Grande Hotel,
em 1952 mais ou menos.Não sei quem é o autor.
Guardei por que achei muito bonita.

LYARA HAY

Nenhum comentário:

Postar um comentário