quarta-feira, 30 de junho de 2010

Olhos azuis

Tem a cor dos oceanos,
O olhos do meu amor.
Passa o tempo...
Passam os anos...
De ti não sinto o calor.

Numa noite de poesia,
Cheia de encanto e amor,
Deste-me o que eu mais queria,
Uma vida, em forma de flor.

Cresce a flor que é criança,
Feliz, cheia de esperança,
De um dia encontrar,
Aquele que por descuido,
Ou por medo de amar,
Não a aceitou em seu mundo,
Não a viu desabrochar.

Mas, no mundo a crueldade.
É paga e não se faz tardar.
Pois o destino por vaidade,
Outro filho, não te quis dar.
E do amor que tens contigo,
Só te restará aguardar...
Pode ser este o castigo,
Que DEUS te quer reservar.


Colaboração de minha filha DENISE

domingo, 27 de junho de 2010

PASSADO

Ao som da música a qual escuto,
Do passado me faz lembrar.
Hoje é rio seco de luto,
Perdi a capacidade de amar.
Te vejo sem ansiedade,
Sem nada pra recordar.
Te sinto sem alma!... Só um vulto,
Não fala, não canta nem sorrí...
Não tem mais nada pra dar.

Porém, a vida foi caprichosa,
Sentindo o cheiro da rosa,
Que eu tinha nas mãos pra te dar,
Chegou bem devagarinho,
Encheu minhas mãos de espinhos.
Jogou a rosa no mar.

E então de mãos vazias,
Findou toda a fantazia,
Nossa alegria sem par...
Acabou o nosso carinho...
Chegamos ao fim do caminho,
Não pudemos mais trilhar.
E daquele amor se igual,
Restou no peito o punhal,
E a dor que nos fez calar.


LYARA HAY

JURA

Meus olhos andavam tristonhos,
A procura dos olhos teus.
Procurava até nos meus sonhos,
Pedia até pro meu DEUS.

Quando os meus olhos te viram,
Numa tarde num jardim,
Os teus nem me sentiram,
Nem olharam para mim.

Estavas embevecido,
Em outros olhos a olhar.
Porém, eu jurei querido,
Que iria te conquistar.
Porque, senti nesse dia,
O quanto iria te amar.


LYARA HAY

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Queria ser...

Queria ser um pássaro,
para com meu canto te despertar.
Ser uma gota dágua,
para ser a primeira a te molhar.
Queria ser o silêncio,
para te ouvir respirar.

Eu queria ser o vento,
para em teu ouvido suspirar.
Queria ser o entardecer,
para te ouvir murmurar.
Ser o céu,
para que teus olhos me admirassem

Queria ser o espaço
E percorrê-lo com tua alma.
Ser o sol
e te envolver com meu calor.


Queria ser um pensamento teu,
ser o próprio amor,
para me eternizar em teu coração.
Te amo!!!

Gotas que resultam temporais

Chove,
Chove mais uma noite.
Enquanto chove, suspiro o silêncio da sua ausência.
Espêlho-me em gotas dágua que caem sobre o chão.

A chuva cai por demais
E destrói os rastros que restaram da sua presença.
Separa dois coraões que se uniram de uma só consequência
que provoca distâcia,a sensação de abandono e por fim a decadência.

Chove!Caem pequenas gotas de um sentimento,
Formado por poças de lágrimas
cusadas por consequência de um veneno.

Poças de saudade que se transformam
em córregos de ressentimento,
tornando riachos de tristeza que,
por fim acabam virando mares de sofrimento.

Mas esta gota só caiu quando,
você brotou em meu pensamento.
E veja você, esta gota virou arte,
aos olhos da poetisa,
que ama em seus aposentos.


NANI DE PRINCIA- colaboração

sábado, 19 de junho de 2010

A Rosa

Plantada com tanto carinho,
Parece que vai morrer.
Caem as folhas,
Ficam os espinhos,
Mas ela brota verdinha,
Começa logo a crescer.

Solta os primeiros brotinhos,
Devagarinho ela cresce.
Se o clima não for condizente,
Ela morre e desaparece.

Se receber sol e água.
Também se a terra for boa,
Ela vai te recompensar,
Não a plantaste atoa.

Quando vem a tempestade,
A vergasta e balanceia.
Ela treme a sua haste,
Mas finca as raízes na areia.

E quando nem se espera,
Começam a surgir botões.
É a entrada da Primavera,
Acabaram-se os trovões.

Parece mentira afirmar,
Que a rosa veio da terra,
Com sua beleza enfeitar,
Até as quebradas da serra.


Uma rosa perfumosa,
É sempre um presente de DEUS...
Tão macia, tão formosa...
Encanta até os ateus.


LYARA HAY

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Luta

Por tudo o que já lutei
E na vida não consegui,
Aprendi que a bondade,
É algo que não cabe aqui.

Tentei ser boa, perdi.
Tentei amar, desisti.
Aqueles que amo, não me entendem.
O que estou fazendo aqui?

Estou vivendo num mundo
A que nunca pertenci.
Sou diferente percebo,
De todos que vivem aqui.
Vivendo num mundo distante,
Guardado dentro de mim.

Quero paz e alegria
Quero amor, quero poesia,
Só não quero perder a glória,
Quero sabor da vitória,
E saber que a tudo venci.

Colaboração de Denise.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Vidas de Minha Existência

Vivi vidas quase insípidas.
Umas sem cor ou sabor.
E nessas vidas esquisitas
Quase nada aprendi.
Mas vivi lindos romances
E grandes batalhas venci.
Tive vidas mui calientes
E vidas tristes vivi.

Quando a aprendizagem era lenta,
Me adaptando ao perfil!
Era mais ou menos assim:
Como faz um grande rio,
Vivi vidas a margem.
Não encarei desafios,
Sempre usando um desvio,
Fiz dessa vida, um leito de rio.

Já tive uma vida lago.
Sempre sereno e calado,
Calmo...equilibrado...
Conheci muito bem,
Meu interior mais profundo,
Algumas coisas de cima,
Algumas coisas ao lado.
Então o que eu mais gostava,
Era de virar orvalho.

Fui vivendo...
Fui crescendo...
Quando outra vida ganhei.
Vivi... chorei... E amei...
Ah! Como expandi!
Não temia mais desafios.
Encarava tudo de frente.
Foi quando aprendi a me amar.
E ficou tudo diferente...

Amei essa minha vida,
Que foi um braço de mar.
Me encantei com as possibilidades,
Me encantei com o dom de amar.
Muito tranquila me encontrava.
O movimento das ondas
Como braços me embalava;
Cheguei a me acomodar.
Mas veio uma forte tormenta
Me dizendo: Movimenta!!!
Então me voltei para o horizonte
E comecei a nadar.

Na frente, bem lá na frente,
Era onde eu queria chegar,
No final do horizonte,
Onde o céu tocava o mar.
Quando estava bem pertinho,
Prestes a alcançar,
Vi todas as minhas vidas passarem
E junto comigo chegarem.
Vi todas as experiências
E vivências se juntando
E formando um único "Sêr"
Bem maior que o oceano.
"EU"

LETICIA LYZTI

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Amor

O amor é feito o fogo,
Ninguém controla.
È feito o rio,
Rompe barreiras.
É feito o sol,
Aquece qualquer coração.
É feito a terra,
Quando duas pessoas o cultivam,
Brota uma vida de alma eterna.
Que se temer o fogo,
Não desafiar o rio,
Não vislumbrar o sol
E não tocar a terra,
Jamais aprenderá a amar.
Jamais deixará a semente
Ou esta não germinará.
Assim... no esquecimento,
O amor vai morrendo
E a humanidade chegara´ao fim,
Porque tudo o que não é completo,
Jamais se tornará eterno.


Leticia Lyzti

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Carta - 02-12-1997 MINEÁPOLIS - usa

A neve cai. Estou quase só.
O silêncio só é interrompido, pelos sonhos da Gabrielle , que dorme como um anjinho.
E suspira, geme,espreme e chora baixinho no carrinho.
Olho lá fora e sinto como é desolado quando faz muito frio.
A neve caindo, parece pequenos insetos brancos esvoaçando. Aos poucos, vai cobrindo todo o verde da praça.
As únicas coisas que se movem, são as bandeirolas, as quais, eu acho que foram colocadas lá, para acusar que está ventando, pois as árvores estão totalmente sem folhas.
As pessoas, acho que estão dormindo. Só de vez enquando surge um carro e desce alguém todo encapotado. Nem olha para os lados. Não vê que estou na janela a observar; quer mais, é se esconder do frio.
Chego mais perto da janela. O gramado já está todo branco. Nesse momento ouço um gemidinho da minha neta, que continua a dormir como um anjinho, toda agasalhadinha.
Agora são quinze horas aquí. Penso em você. Aí são dezenove haras. Sinto um gelo percorrer meu corpo... um desejo louco de abraçá-lo, uma vontade imensa de unir meu corpo ao seu...e... ... ...
Mas você está tão distante... Só uma viagem astral resolveria o meu caso.
Continuo vendo a neve cair. É tão bonito! Mas dá uma impressão de solidão, de falta
de vida...
Nem um pássaro, nem uma borboleta para alegrar minha visão...
E o branco aumenta conforme o tempo passa. O silêncio é tão grande, que seria possível, ouvir o som de uma lágrima caindo.
Mas eu não choro, porque sei que você se sente tão só quanto eu. Sinto que nosso amor não é gelado como a neve.
Embora seja imensa a distância que nos separa, o frio que faz aquí e o calor que faz aí, contrabalanceiam o amor que sentimos um pelo outro.
E nada se perde no tempo nem no espaço. Somos duas almas que DEUS uniu e nada nem ninguém nos separa.
É incrível... a neve virou chuva!O verde voltou a aparecer. E, nessa tarde sombria em que resolví lhe escrever...podemos contar menos um dia que falta para a gente se ver...


Maria José L. Druziani

Nota:- Não enviei essa carta. Resolvi´publicá-la, por que ela é muito real. Cada vez que a releio, revejo a paisagem, como ela estava naquele dia... É muito linda !!!

A mulher que não ilude

Amemos a mulher que não ilude
E que ao saber que a temos enganado,
Perdoa por amor e por virtude,
Por respeito, ao menos do passado.

Quantas vezes, na minha juventude,
Evocando o romance de um noivado,
Sinto que amei, outrora, o quanto pude,
Porém... devia ter amado.

Hoje, o remorso o peito me sacode,
E ao lembrar o mau que então fazia,
Meu desespero inconsolado explode.

A causa desta terrível angústia,
É ter amado o quanto amar se pode,
Sem ter amado o quanto amar devia.

Acácio Druziani

Esse poema foi escrito há mais de cinqueta anos.
-por meu cunhado Acácio. Achei-o em meio as cartas
que eu e meu esposo escrevíamos antes de nos casarmos

LYARAHAY