O Menino da Praça

O Menino da Praça

           O Menino da praça.

Quem és tu menino,
Que vives ao relento ?
Tão desamparado
Sem ninguém pra amar?
Tu que desde pequenino
Não tiveste quem te desse um beijo
Nem alguém para beijar ?
Por amigo, tiveste sempre o vento
Que no inverno sopra até matar.

A tua comida muita vez
É pão bolorento...
Só tens roupas , quando alguém te dá.

Os teus pezinhos estão sempre nús.
Tão congelados,
Que dóem até pra andar...
O teu corpinho magro
Só quer um abraço...
As tuas mãozinhas,
Querem acariciar.

Do nosso DEUS tu vives afastado.
Nunca tiveste alguém,
Pra te falar que ele existe...
Tu não crês, por que estás sempre triste

Menino; tu és a semente,
Que veio ao mundo para germinar...
Se bem tratada tu darás bons frutos...
 Maltratada, não vais prosperar.

 Nunca ouviste falar
 da bondade
Nem do respeito mútuo,
Que se deve ter...
Desde pequeno
Só viste a crueldade...
Foste renegado, antes de nascer.

Menino!
És  a plantinha tenra,
Que precisa de água pura
Pra sobreviver...
Porém, és conduzido à guerra
Que fulmina e aterra...
 E já no teu alvorecer encerra
A única chance que tinhas pra vencer...

Lyara Hay - 22-03 - 2013 

Introdução

Diz o provérbio
"Toda pessoa para ser completa precisa:
Ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro."

Filho ? Tive cinco.
Árvore? Plantei diversas.
Livro? Esse é o primeiro.

Meu sonho era escrever um livro... não sabia por onde começar.
Faltava-me inspiração.
O que fazer ? Não tinha resposta...
Apelei para o subconsciênte, aproveitando retalhos de vida, de sonhos desfeitos, de sentimentos puros, etc...
Pois só sei escrever o que me sai da alma, dos sentimentos mais profundos, daquilo que me fere ou me machuca, que me deixa brava ou muito triste.
Quando a mágoa bate fundo ou a alegria é muito grande, deixo a imaginação fluir. Deixo transbordar as emoções .
Atravesso o tempo e o espaço e vejo com os olhos da alma , o despertar dos sentimentos mais profundos, chegando-me aos poucos invadindo meus sonhos, atropelando a vaidade mandando e embora a incerteza.
Vejo-me sensata e tranquila. Seguro a caneta deixando-a escorregar pelo papel... Então escrevo...
Assombrada comigo mesma deixo as palavras saírem tontas, à esmo, muitas vezes sem nexo, sem poesia, só transmitindo as idéias que brotam da minha imaginação, da minha mente demente, do meu tesouro escondido.
Suportando a trégua  que dou para o meu destino em desatino, deixo o meu ideal trair o meu desvario, chegar ao pico do meu desassossego. Escrevo.
Como ave sem ninho, sou capaz de sobrevoar o universo, a procura do amor que me dá calor, que me transforma em doce criatura sequiosa de carinhos e então  escrevo versos.

Essa pequena obra é dedicada ao meu esposo, aos meus filhos e netos que muito me incentivaram.
Dedico também aos amigos: Layr Quintino Malta, D Yolanda, Sandra Araújo , Maria Eliane, Marta Vieira e outros.

Maria José Leal Druziani  - Autora

O Amor

Começou com um olhar
Era tarde de verão...
Meu coração bateu tão forte
Que pensei que fosse a morte,
Que estaria a me rondar.
Mas, era o meu amor
Que acabara de chegar.

Chegou tão de mansinho
Inundou-me de carinho,
De alegria e de prazer.
Mudou  a minh a vida
 Transformou todo meu sêr.

Tu eras tão bonito !
Minha alma deu um grito
" Só meu terás que ser "

Te amei naquele momento,
Naquela noite de vento
Ao ver-te em pé na minha frente,
Congelou-se em minha mente
Uma imagem, um monumento
Que até hoje está retida
No meu subconsciente,
É a razão da minha vida
Vou te amar eternamente
Até depois da minha partida...

 Dedico ao meu esposo Fábio.
, por que é a lembrança que guardo do nosso primeiro encontro.

Maria José  -  Pseudo/ Lyara Hay

Um Ninho de Tico-tico

Um ninho de Tico-tico
Feito com arte e primor.
Achei no galho mais rico
Da minha roseira em flor.

Entre as flores encoberto
Ninguém sabe se ele existe.
É preciso olhar de perto,
Para que a gente o aviste.

E lá no fundo somente
Tres ovinhos e nada mais.
O ninho tão fofo e quente
E os tres ovo tão iguais.

 Mas, tive muito cuidado
Não toquei com meus dedinhos.
Mamãe disse que é sagrado,
O ninho dos passarinhos.

 Ah! Que saudade meu DEUS... esse poema, não sei quem é o autor... mas tinha num livro meu no primário...  devia ser Cartilha Sodré ...

Maria José Leal ... Terminei o promário em 1946

Lyara Hay

Expressão de Amor

Meu Jesus como eu te amo.
Mas tu me amaste primeiro
Com um amor puro e soberano
Eis o inicio e o derradeiro.

Um dia vieste ao mundo
Trazendo paz e esperança,
 Um sublime amor profundo
 Que tras tanta confiança.

Depois enfrentaste a cruz.
Que causou tanta amargura
Para que hoje tivéssemos luz
 E fé numa vida futura.

Teus ossos não foram quebrados
Naquele sombrio e triste dia,
Para que hoje fosse lembrado
Que se cumpriu a profecia.

No nascimento um coral angelical,
Revoavam asas santas pelo céu.
Por que és um sêr sobrenatural!
Um caminho para se chegar a DEUS.

As tuas palavras me alimentam,
Por que nelas encontro virtude.
Trazem paz ao pensamento
E para os meus ossos... saúde.

Sei que um dia terei asas
E irei morar no paraíso...
Se eu guardar as tuas palavras,
E fizer tudo o que é preciso!!!

 Ajaúna... pseud /
De Yolanda Santana Rodrigues

Esse poema foi uma grande amiga quem escreveu...

A Jornada

Voei... voei...voei...
Cheguei !
 Com um bramir atravessei o mundo..

Gritei !
Porém , meu grito se perdeu no vácuo
E bateu numa parede impenetrável...
Erigida pelo éco daqueles que também gritavam.

Chorei !
E o meu choro se perdeu no escuro...

Então bradei ao universo,
 Que penetrasse dentro dos meus versos...
Que me fizesse ver a Luz,
Deixada aquí na terra por JESUS!

Por muito tempo ainda
Vaguei pelo espaço ,
Até que um dia,
Alguém me ofereceu um braço...
 Me tirou das trevas
Deixando-me o cansaço.

Então me ajoelhei !!!
E orei !

Oh! DEUS,
Abençoai a minha caminhada,
Que não seja em vão minha jornada!
Fazei-me ver a Luz e a Verdade...
Que está faltando pra toda a humanidade.

Lyara Hay - Agosto de 2003

Seu Jeito de Amar

 " Você "
Você é ternura ,
Você é amor,
Você é doçura,
Você é calor...

A sua poesia
Me fez pensar
Que é muito meigo
Seu jeito de amar.

Você transmite
Um "não sei o que",
Que ao olhar em seus olhos,
A gente sente,
Mas não vê...

É algo tão profundo
Nem  consigo explicar .
Mas no interior do meu mundo,
Eu consigo enxergar.

Seus olhos azuis
Fazem acalmar
Os ventos mais fortes
E as ondas do mar,
Tem a estrela da sorte
Quem neles olhar.

Fiz esse pequeno poema inspirada em
sua poesia tão cheia de amor.

Lyara Hay - 23/03/2013