sábado, 27 de março de 2010

A Distância

Não quero pensar na distância,
Nem em nossa separação,
Que separa nossos corpos,
Mas as nossas almas não.


Nossas almas são unidas,
Por um amor infinito.
A distância em nossas vidas,
Nos unem em um só Grito..

Eu te amo!
Tu me amas!
Eu reclamo!
Tu reclamas!
Desta ausência necessária.
Nós somos como dois ímans,
Numa atração voluntária.

Somos dois seres completos,
Temos um só coração.
Temos as almas repletas,
Por uma só emoção.

O nosso amor é profundo,
É o maior desse mundo
E nunca irá se acabar,
Porque enquanto eu viver,
Não cansarei de dizer,
Que nascí para te amar.

LYARA HAY

Fiz essa poesia nos Estados Unidos, em Mineápolis.
Acho que foi a saudade que me inspirou.


Dediquei-a para o meu esposo, que ficou aqui no Brasil.

O Primeiro Atalho

Eu sou aquela menina,
Que nasceu aos pés da colina
E desceu montaha abaixo.
De uma fonte cristalina,
Me transfomei num riacho.

Fui descendo, fui crescendo,
Fui seguindo aquele risco ,
Que meu Deus traçou pra mim.
A cada passo que eu dava,
Mais e mais eu aumentava,
Parecia não ter fim.

Pelos caminhos que andei,
Muitas vezes encontrei,
Empecilhos ou muralhas.
A todos eles vencia
Preenchendo minhas falhas.

Muitas vidas criei,
Porém algumas ceifei,
Como a vida daquela flor,
Que um dia em meu leito caiu.
Ainda ouço sentido,
Os gritos em meus ouvidos,
Da coitadinha a implorar.
Suplicava que não a levasse,
Que a deixasse ficar.
Mas, firme em meu trabalho,
Peguei o primeiro atalho,
Joguei-a dentro do mar.

Por caminhos tortuosos,
Muitas vezes mal cheirosos,
Eu fui vencendo a corrida.
Mas, é no fim dessa vida,
Que se vence ou não a partida.

E daquela linda menina,
A fonte tão cristalina,
Só restou rio lamacento
Poluído por fora e por dentro.

É o risco que o homem corre,
Destruindo o nosso Planeta.
Morreremos de sede e fome,
Se não aprendermos bem cedo,
A amar a MÃE NATUREZA,


LYARA HAy

sexta-feira, 19 de março de 2010

Em memória de meu pai.

Tu foste em minha vida,
o sêr que mais amei,
mas não pude ter.
Não te abracei,não te beijei como devia.
Não te chamei (querido)
Nunca fiz nada pra te merecer.

Quisera hoje que aqui estivesses,
Eu te daria todo o meu amor.
Mas,é tão tarde (Pai)
Partiste,me deixaste só.
Sem teu carinho,sem o teu calor

Foste embora,não me deste tempo´,
de te abraçar,de te beijar a fronte
Hoje,o meu grito... ...
Quem escuta é o vento.

Ah! Meu "Pai"
Como seria bonito,
Se a dor que sinto
pudesse devolver-te a vida.
Juro que não diria um ai
So´pra ter tua a compania bendita.

De vez enquando eu rezo
na tua tumba fria.
Minha luta cessa,sinto a harmonia.
Obrigada Pai,por ter me escolhido,
Pra nessa vida,eu ser a tua filha.

Escrevi´esse poema, em homenagem ao meu pai.
Deixo aqui um conselho:
_Abrace,beije,acaricie o seu pai enquanto pode,enquanto o tem vivo ao seu lado...


Maria José Leal Druziani Pseudo:Lyara Hay

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pétala Caída

Pétala de rosa caída
Sob a luz azul da madrugada,
Sob o frio intenso que castiga
E atrapalha o sono da criança,
Que dorme e sonha na calçada.
Que sem saber se é mesmo sonho ou realidade,
Sacode o véu da noite
E treme de verdade.

O vento sopra
E sopra forte.
Vento da morte.
Balança o galho
E some no atalho.

As pétalas caem e se misturam
Com a areia molhada ,pelas lágrimas da criança,
Que acorda congelada e assustada
Tentando agarrar-se à esperança,
De um dia não dormir mais ao relento.
De juntar as pétalas caídas
E nunca mais sentir esse tormento.

E da minha janela,eu continuo a cismar...
Pedindo a DEUS, em forma de lamento.
Pra humanidade toda se irmanar
E acabar com todo sofrimento.

LYARA HAY 200l