domingo, 28 de julho de 2013

O Menino da Praça

           O Menino da praça.

Quem és tu menino,
Que vives ao relento ?
Tão desamparado
Sem ninguém pra amar?
Tu que desde pequenino
Não tiveste quem te desse um beijo
Nem alguém para beijar ?
Por amigo, tiveste sempre o vento
Que no inverno sopra até matar.

A tua comida muita vez
É pão bolorento...
Só tens roupas , quando alguém te dá.

Os teus pezinhos estão sempre nús.
Tão congelados,
Que dóem até pra andar...
O teu corpinho magro
Só quer um abraço...
As tuas mãozinhas,
Querem acariciar.

Do nosso DEUS tu vives afastado.
Nunca tiveste alguém,
Pra te falar que ele existe...
Tu não crês, por que estás sempre triste

Menino; tu és a semente,
Que veio ao mundo para germinar...
Se bem tratada tu darás bons frutos...
 Maltratada, não vais prosperar.

 Nunca ouviste falar
 da bondade
Nem do respeito mútuo,
Que se deve ter...
Desde pequeno
Só viste a crueldade...
Foste renegado, antes de nascer.

Menino!
És  a plantinha tenra,
Que precisa de água pura
Pra sobreviver...
Porém, és conduzido à guerra
Que fulmina e aterra...
 E já no teu alvorecer encerra
A única chance que tinhas pra vencer...

Lyara Hay - 22-03 - 2013